quarta-feira, fevereiro 25

81st Annual Academy Awards


Nada de surpresas. O Academy Awards, premiação máxima do cinema, terminou na madrugada do dia 22 de fevereiro sem maiores espantos. O Oscar de melhor filme, como já havia sido especulado, ficou com a produção Americo-Indiana Slumdog Millionaire, que também levou os premios de Roteiro Adaptado, Mixagem de Som, Edição, Canção Original, Trilha Sonora Original, Melhor Fotografia e Direção.

O Oscar de melhor atriz, ficou com Kate Winslet, muito mais do que merecido. A indicação foi feita pela sua atuação no filme The Reader. A atriz já havia sido indicada 3 vezes a este prêmio por sua atuação nos filmes Pecados íntimos, Brilho eterno de uma mente sem lembranças e Titanic.

Sean Penn recebeu seu segundo Oscar de Melhor Ator por sua atuação em Milk - A Voz da Liberdade, o primeiro gay assumido a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos.

Outra "não surpresa" ficou com o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante. Heath Ledger, que já era favorito desde a estréia de Batman - O Cavaleiro das Trevas, recebeu postumamente o prêmio por sua atuação como Coringa. Sua família recebeu o prêmio em seu lugar e foi aplaudida por todo do Kodak Theatre. O prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante ficou com Penélope Cruz, por Vicky, Cristina e Barcelona.

Ao contrário do que muitos pensaram, os prêmios técnicos não ficaram com Batman. O filme levou a estatueta apenas por Melhor Edição de Som. O prêmio de Melhor Maquiagem ficou com The Curious Case of Benjamin Button, que também ganhou em Melhores Efeitos Especiais e Melhor Direção de Arte.

O prêmio de melhor animação ficou com Wall-e, animação da Pixar, que recebeu mais 6 indicações.




terça-feira, fevereiro 17

Valkyrie, 2009


Do mesmo diretor de X-Men; Brian Singer , Valkyrie (Operação Valquíria) é uma refilmagem de uma série alemã feita para televisão que narra fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial, onde um general ficou responsável em mudar o destino do mundo. Mais impressionante que a idéia em si, foi a atuação de Tom Cruise, que se mostrou um ator a altura do personagem, pois como já havia comentado anteriormente, quando criança sempre pensou porque ninguém havia tentado parar Hitler, mesmo sabendo das atrocidades que ele cometia. Com a oportunidade em mãos, ainda que ficcionalmente, Cruise enche nossos olhos de lágrima e nos coloca diretamente em ação.

Valkyrie começa com a cena que explica porque o coronel Claus von Stauffenberg (Cruise) usa um "tapa-olho" na maior parte do filme. O acidente, causado por um ataque surpresa dos Aliados a uma base alemã, é o motivo pelo qual o coronel perdeu um olho. Depois disso, mostra-se diversos membros do alto escalão do governo e do exército alemão, que estão deveras insatisfeitos com os atos megalomaníacos de Hitler e decidem agir para que a Europa não seja completamente devastada pela Guerra. O coronel Claus então é chamado, por sempre ter deixado claro sua aversão ao método de política nazista, e coloca em ação um plano aparentemente perfeito para assassinar o grande ditador.

O filme é encantador, além de mostrar o lado humanitário de alguns alemães na época da guerra, deixa claro o que a história muitas vezes deixou de lado: talvez, Hitler não fosse o líder que todos pensavam. Ao todo, conhece-se cerca de 15 planos executados para matar o líder do Terceiro Heich. Operação Valquíria foi apeanas o mais conhecido entre os outros.

O filme é ousado e criativo. Brian Singer tornou um tedioso filme de Segunda Guerra em um excepcional relato de uma história fantástica e nada cansativa. É de aplaudir também a atuação de Tom Cruise, visto que não foi ofuscado por nenhuma outra atuação (mesmo porque a maioria do elenco era de atores não tão conhecidos) Cruise empenhou glamurosamente bem o papel de herói. O figurino no filme é de arrepiar, trajados exatamente com os uniformes nazistas, com direito até a suástica no peito, além de uma fotografia merecedora de um Oscar.

O filme foi extremamente rejeitado nos Estados Unidos.

Assistido e aclamado aqui no Brasil, está ai mais uma diversão para seu final de semana.

quinta-feira, fevereiro 12

Taxi Driver , 1976


Sempre considerei o Stanley Kubrick um dos mais completos diretores que já existiu. Ele fez de tudo, desde drama familiar, até terror e ficção científica. Mas se decidirmos considerar as obras de outras mega diretores, não poderemos esquecer do Martin Scorsese e uma de suas maiores obras, talvez um dos filmes mais americanos já feitos: Taxi Driver.

Robert DeNiro se mostra um ator à altura do diretor ao atuar como Travis Bickle, um solitário e desesperado motorista de taxi, que encontra nessa profissão uma forma de fazer as noites passarem mais rápido, uma vez que o sono já não lhe acompanha mais. Travis é jovem frustrado, que passa seu tempo livre assistindo a filmes pornográficos em cinemas imundos de Nova Iorque, enquanto hipócritamente considera suja a cidade onde mora, justamente porque durante a madrugada, enquanto ele está trabalhando, prostituras, bandidos e desocupados estão "sujando" as ruas solitárias e deixando claro o declínio moral na qual Manhattan se encontra.

Mas essa idéia arrogante cai por terra, quando um jovem prostituta entra em seu carro, tentando se safar de um homem agressivo, que mais tarde diria que era um homem gentil e amável. Essa moça é Iris , interpretada por Jodie Foster, que com apenas 12 anos, já mostrava com quanto talento chegaria à Hollywood. Além disso, a trama também se desenvolve acerca da obsessão de Travis por Betsy, uma linda secretária que trabalha no comitê eleitoral de Palantine, um candidato à presidência cuja campanha promete mudanças sociais drásticas que atraem o anti-herói.

Travis se mostra cada vez mais pertubado, quando se vê incapaz de salvar Iris, e percebe também que não poderá ter Betsy e decide se tornar um terrorista, capaz de matar o candidato à presidencia, para tentar sanar suas inquietudes.

Essa trama de conflito psicológico, realismo e brutalidade, torna Taxi Driver um filme para americano ver. Isso porque mistura tanto o patriotismo incontestável, quanto desmistifica o subúrbio e mostra que os americanos, assim como qualquer outro cidadão normal, também se submete a qualquer coisa para ter status, conforto e dinheiro.

Justamente por apresentar todas essas características que Taxi Driver de Scorsese se mostra à altura de qualquer coisa obra-prima, se igualando a outras do mesmo diretor e o tornando tão completo como qualquer Kubrick pode ser.