terça-feira, dezembro 15

SAI A LISTA DO GLOBO DE OURO


Finalmente! Sai a tão esperada lista de indicados ao Globo de Ouro. A Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood divulgou os indicados ao 67º Globo de Ouro. Considerado o principal termômetro para o Oscar, o Globo de Ouro é tido como a segunda premiação mais importante em Hollywood depois do Oscar. É promovido pela HFPA, que reúne cerca de 90 jornalistas de cinema de todo o mundo (um dia eu estarei lá).

O longa-metragem "Amor sem escalas", com George Clooney, recebeu seis indicações liderando a corrida. A ficção científica "Avatar", de James Cameron, e "Bastardos inglórios", de Quentin Tarantino, concorrem a quatro categorias cada.

Segue abaixo a lista com as principais indicações:

Melhor filme drama:

"Avatar"

"The hurt locker"

"Bastardos inglórios"

"Preciosa"

"Amor sem escalas"


Melhor direção:


Kathryn Bigelow, "The hurt locker"

James Cameron, "Avatar"

Clint Eastwood, "Invictus"

Jason Reitman, "Amor sem escalas"

Quentin Tarantino, "Bastardos inglórios"


Melhor ator coadjuvante:

Matt Damon, "Invictus"

Woody Harrelson, "The messenger"

Christopher Plummer, "The last station"

Stanley Tucci, "Um olhar do paraíso"

Christoph Waltz, "Bastardos inglórios"

Melhor atriz coadjuvante:

Penelope Cruz, "Nine"

Vera Farmiga, "Amor sem escalas"

Anna Kendrick, "Amor sem escalas"

Mo'Nique, "Preciosa"

Julianne Moore, "A single man"


Melhor animação:

"Tá chovendo hamburguer"

"Coraline"

"O fantástico sr. Raposo"

"A princesa e o sapo"

"Up - Altas aventuras"


Melhor roteiro:

Neill Blomkamp, "Distrito 9"

Mark Boal, "The hurt locker"

Nancy Meyers, "Simplesmente complicado"

Jason Reitman, "Amor sem escalas"

Quentin Tarantino, "Bastardos inglórios"

sexta-feira, dezembro 11

#FESTADABULLET


Quando o assunto é mídias digitais e novas formas de comunicação, eu sempre fiquei devendo. Mas ontem, durante a #festadabullet pude perceber quão desatualizadas e deslocadas estão as pessoas que ainda não se entregaram para as novas tecnologias.

A festa da maior agência de marketing e eventos do Brasil que, porventura, calha a ser a empresa na qual eu e o Jr. trabalhamos, mostrou que o mundo do entretenimento e da comunicação está, tal qual o girassol para o Sol, totalmente voltada para o futuro e jamais para o passado, que a esta altura do campeonato está muito longe dos pensamentos dos comunicadores.

Baseada no Twitter, aquele microblog que acabou com relacionamentos e vidas sociais, a festa trouxe a proximidade entre as pessoas e a facilidade na comunicação. Realizou-se na Mökai, uma das mais aclamadas casas noturnas da cidade, mostrou outra face do futuro, o máximo da globalização. Mökai só existia em Miami até pouco tempo.

Redes sociais, micro, macro e mega blogs, globalização. É isso que veremos daqui para frente e não adianta mostrar resistência. É assim que vai acontecer.

quarta-feira, dezembro 9

Magnólia, 1999


Definitivamente dentro da minha lista de filmes com roteiros sensacionais, Magnólia é um filme norte-americano dirigido por Paul Thomas Anderson (do mega aclamado There Will Be Blood).

O roteiro cerca a vida de nove pessoas, que moram na mesma região, nas proximidades da rua. Magnólia, cujas histórias se entrelaçam de forma espontânea e casual. A história é original, crua, sem enrolação e com muita referência bíblica (O filme faz várias referências ao número 82. Este número se refere a uma passagem da Bíblia, mais especificamente ao livro do Êxodo, 8:2. wikipedia)

O roteiro se preocupa em, rapidamente, apresentar cada um deles, até como forma de o espectador se situar na trama, porque se você perde o começo, dificilmente vai entender o resto do filme. O primeiro e talvez principal desafio enfrentado é a sua estrutura episódica e sem um rumo estabelecido. Nós espectadores, estamos acostumados a acompanhar histórias que tenham um fio condutor bem definido, geralmente um objetivo desejado pelo protagonista, e que nos faça torcer pelo destino dos personagens. Nós não temos essa chance.

Mas Paul Thomas Anderson demonstra ser um cineasta inteligente e consegue escapar desta armadilha com muita originalidade e estilo. Como forma de deixar a narração mais atraente, ele lança mão de vários recursos de linguagem cinematográfica: cortes rápidos e bruscos de câmera, muita música de fundo (alguns sucessos do Supertramp e outras canções de Aimee Mann, especialmente compostas para o filme) etc.

Magnólia é um filme difícil de resumir. Certamente merece e deve ser visto mais de uma vez, até mesmo para se degustar todos os detalhes de suas várias histórias. A corrosão da alma e a necessidade do perdão para alguns personagens é tanta, que a morte surge como único e tardio alívio. Talvez isto explique a discutida cena final, pela qual até hoje Magnólia é lembrado, em que Paul Thomas Anderson, a partir daquela passagem bíblica, impõe a todos os personagens, um psicodélico castigo dos deuses, ao final, a esperança na raça humana.

Elenco:

* Tom Cruise .... Frank T.J. Mackey
* Jason Robards .... Earl Partridge
* Julianne Moore .... Linda Partridge
* William H. Macy .... Quiz Kid Donnie Smith
* John C. Reilly .... Jim Kurring
* Philip Seymour Hoffman .... Phil Parma
* Alfred Molina .... Solomon Solomon
* Philip Baker Hall .... Jimmy Gator
* Melora Walters .... Claudia Wilson Gator

segunda-feira, novembro 30

Hooligans, 2005


Baseado em fatos e histórias reais, o filme Hooligans (Lexi Alexander) nos oferece uma viagem ao mundo das torcidas organizadas inglesas. Realista e impactante, cheio de verossimilhança, narra a história de Matt Buckner (Elijah Wood), um universitário estudante de jornalismo que é expulso da faculdade, acusado injustamente de traficar drogas. Assustado e sentindo a ausência do pai, Matt se muda para Londres, onde sua irmã criou uma família e lá, a partir de seu cunhado Pete, passa a ter acesso ao mundo das firmas londrinas.

Ao conhecer Pete (Charlie Hunnam) líder da maior torcida organizada de Londres, Matt passa a ver a vida da forma mais insana possível, testando seus limites, chegando ao topo e ao fundo do poço na velocidade da luz. Sofrendo preconceito por ser ianque, Matt precisa passar por diversos desafios até ter a confiança da gangue.

Cervejas, risadas, brigas e futebol. Esse passa a ser o mundo de Matt, até que tudo muda. Ao ser descoberto como um ex estudante de jornalimo, Matt se envolve em intrigas e ameaças, levando à extrema crise a imensa torcida do West Ham.

O filme é realista, com tomada inovadoras e perfeito para que gosta de futebol. Elijah mosta cada vez mais sua versatilidade ao fazer Matt, travestido em medo e insegurança, ele faz libertar a fúria e o rancor de ser injustiçado. Além disso, Charlie Hunnam te desprende de qualquer tipo de preconceito que pode pairar em torno de uma torcida de futebol.

Regado com muito sangue, aprendemos na prática onde começar e terminar um confronto, seja ele com outros ou consigo. Mas a fina virtude final, é saber que podemos ser o mais violentos possíveis, e, acabar por preferir não o ser, defendendo-nos na mesma, mas de outra forma.

quinta-feira, novembro 26

POST EXPRESSO

Gostaria de pedir desculpas a quem visitou meu blog e leu meu último post. Pedir desculpas por ter dado credibilidade a uma revista que elegou "Crazy in Love" da Beyoncè como a "MÚSICA DA DÉCADA".

Me perdooem!

quarta-feira, novembro 18

Os 50 melhores álbuns da década



Já deixei claro que não gosto de listas, mas essa foi baseada em dados e fatos e não pela opinião de uma única pessoa. Por este motivo, acho válido publicar a lista divulgada pelo semanário especializado em música NME.

"Is This It", álbum lançado em 2001 e que marcou a estreia do Strokes, foi eleito o melhor disco da década. Para estabelecer um ranking dos 50 discos mais significativos da década, a revista ouviu músicos, produtores, compositores e presidentes de gravadoras.

Em negrito, colocarei os álbuns que posso garantir que merecem estar na lista.

Segue a lista:

1. The Strokes - "Is This It"
2. The Libertines - "Up The Bracket"
3. Primal Scream - "Xtrmntr"
4. Arctic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"
5. Yeah Yeah Yeahs - "Fever To Tell"
6. PJ Harvey - "Stories From the City, Stories From the Sea"
7. Arcade Fire - "Funeral"
8. Interpol - "Turn On The Bright Lights" 9. The Streets - "Original Pirate Material"
10. Radiohead - "In Rainbows"
11. At The Drive In - "Relationship Of Command"
12. LCD Soundsystem - "The Sound Of Silver"
13. The Shins - "Wincing The Night Away"
14. Radiohead - "Kid A"
15. Queens Of The Stone Age - "Songs For The Deaf"
16. The Streets - "A Grand Don't Come For Free"
17. Sufjan Stevens - "Illinoise"
18. The White Stripes - "Elephant"
19. The White Stripes - "White Blood Cells"

20. Blur - "Think Tank"
21. The Coral - "The Coral"
22. Jay-Z - "The Blueprint"
23. Klaxons - "Myths Of The Near Future"
24. The Libertines - "The Libertines"
25. The Rapture - "Echoes"
26. Dizzee Rascal - "Boy in Da Corner"
27. Amy Winehouse - "Back To Black"
28. Johnny Cash - "Man Comes Around"
29. Super Furry Animals - "Rings Around The World"
30. Elbow - "Asleep In The Back"
31. Bright Eyes - "I'm Wide Awake, It's Morning"
32. Yeah Yeah Yeahs - "Show Your Bones" 33. Arcade Fire - "Neon Bible"
34. Grandaddy - "The Sophtware Slump"
35. Babyshambles - "Down In Albion"
36. Spirtualized - "Let it Come Down"
37. The Knife - "Silent Shout"
38. Bloc Party - "Silent Alarm"
39. Crystal Castles - "Crystal Castles"
40. Ryan Adams - "Gold"
41. Wild Beasts - "Two Dancers"
42. Vampire Weekend - "Vampire Weekend"
43. Wilco - "Yankee Hotel Foxtrot"
44. Outkast - "Loveboxxx/The Love Below"
45. Avalanches - "Since I Left You"
46. The Delgados - "The Great Eastern"
47. Brendan Benson - "Lapalco"
48. The Walkmen - "Bows and Arrows"
49. Muse - "Absolution"
50. MIA - "Arular"

Talvez em uma ordem diferente da apresentada, achei a lista muito justa e abrangente. Ela imprime exatamente o cenário musical que conhecemos na última década com muito indie, eletropop, R&B.

Gostaria de saber a opinião de cada um. E aí, consideraram a lista inteligente?

quinta-feira, novembro 5

Rapidinhas cinematográficas...


A 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo chega ao fim nesta quinta-feira (05), no entanto o público poderá assistir a alguns dos principais filmes do festival entre os dias 6 e 11 de novembro, período conhecido como "repescagem".

Entre os destaques estão "London River", de Rachid Bouchareb, a animação "Metropia", de Tarik Saleh, com as vozes de Juliette Lewis e Vincent Gallo, e "I Love You Phillip Morris", de Glenn Ficarra e John Requa, com Jim Carrey Ewan McGregor e Rodrigo Santoro.

O mega diretor Woody Allen ganhou uma exposição sua no Rio e em São Paulo. A mostra começou quarta-feira e levará às telas 40 filmes incluindo filmes do próprio Allen e produções sobre ele realizados entre 1965 e 2009.

“A elegância de Woody Allen” estará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio. A partir de 18 de novembro, o evento segue para o CCBB de São Paulo, onde fica em cartaz até 13 de dezembro.

O documentário de Michael, que segundo a Sony ficaria por apenas 15 dias no Brasil ganhou mais duas semanas de exibição. Devido ao grande sucesso do filme (principalmente durante a Mostra) a distribuidora e o estúdio decidiram ampliar o tempo de exibição.

Mundialmente, “This is it” é a quinta maior abertura de 2009.

quinta-feira, outubro 29

E.R - Grand Finale


Pois é, chegou a hora! Depois de 15 temporadas, chegou a hora de nos despedirmos da série mais aclamada de todos os tempos. O último episódio de E.R (Plantão Médico) foi transmitido ontem, pela Warner, em uma sessão que durou 3 horas. A série, originalmente transmitida pela NBC, teve 331 episódios divididos em 15 temporadas brilhantes, que deixou de ser transmitida nos Estados Unidos em 2008.

A série mostra o cotidiano dos médicos e enfermeiras que trabalham numa sala de emergência do County General Hospital, um fictício hospital de Chicago, Illinois. Foi o mais longo (e genial) drama médico apresentado nos Estados Unidos, e essa é a maior prova de sua genialidade e diferencial.

Durante toda sua história, E.R contou com diversos atores (nem tão renomados), mas é impossível não relembrar aquele primeiro núcleo com Anthony Edwards (como o Dr. Mark Greene), George Clooney (como o Dr. Doug Ross), Sherry Stringfield (como a Dra. Susan Lewis), Noah Wyle (como o estudante de medicina John Carter) e Eriq La Salle (como o Dr. Peter Benton). E foi relembrando esses personagens que o episídio retrospectivo de ontem me fez chorar como criança.

E.R é uma série difícil de assistir, tem que ser paixão à primeira vista. Com tomadas longas, câmeras fixas e um cotidiano que nem sempre é do agrado de todos, ficar 60 minutos vendo o dia-a-dia de médicos de um Pronto Socorro, nem sempre é para todos. Mas ainda assim, foi indicada 123 vezes ao Emmy Awards, possuindo o título de série com maior número de indicações da história do prêmio. É vencedora de 22 deles (ganhando pelo menos uma estatueta de 1995 até 2005, exceto 2004). Ganhou também o People's Choice Award por "Série de Televisão Dramática Favorita" todo ano, de 1995 até 2002. Ao longo dos anos, foi indicada e/ou premiada em inúmeros outros prêmios, incluindo o Image Awards, Screen Actors Guild Awards, GLAAD Media Awards, Golden Globe Awards, entre outros.

O último episódio durou duas horas e foi uma homenagem ao episódio piloto, exibido pela primeira vez em 1994. A história abordou temas que, durante os quinze foram presentes no dia-a-dia do County General.

Mesmo para quem não gosta, vale a pena ver esse último episódio com declarações de Steven Spielberg, que é produtor executivo da série.

Eu, como fã de carteirinha, não pude deixar de me emocionar em ver a imagem do County sumindo, e em seguida, ver um comercial da Warner anunciando outra série que estreiará na próxima quarta-feira, 22h (antigo horário de E.R)

Para quem gosta, fica a dica.

quinta-feira, outubro 22

33º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo



Começa amanhã e vai até dia 05/nov a trigésima terceira mostra internacional de São Paulo. A arte do poster, que já esteve nas mãos de Hector Babanco em 2007, ficará sob responsabilidades de Otávio e Gustavo Pandolfo, dupla de grafiteiros conhecida internacionalmente como Os Gêmeos.

Esse ano a Mostra promete sessões undergrounds (mais ainda?) e presenças ilustres como a atriz francesa Fanny Ardant, que apresentará seu primeiro filme como realizadora, "Cinzas e Sangue". Willem Dafoe também terá seu lugar ao Sol durante a Mostra com a apresentação de seu projeto com o cineasta grego Theo Angelopoulos, "A Poeira do Tempo".

A 33ª Mostra terá ainda a revisão da obra do diretor e produtor italiano Gian Vittorio Baldi, que trabalhou com diretores como Pier Paolo Pasolini e
Alain Resnais.

O cinema sueco terá uma mostra especial, com filmes que representam várias épocas dessa cinematografia única. O público terá a oportunidade de conhecer o trabalho de Hasse Ekman, diretor contemporâneo de Ingmar Bergman, muito citado em publicações sobre cinema em todo o mundo como um dos grandes de seu tempo. O diretor indicado ao Oscar Jan Troell, (cujo filme ‘Il Capitano’ ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim/1991) também terá filmes dentro do programa.

O diretor de fotografia Christian Berger irá ministrar duas oficinas, uma para estudantes na FAAP e outra na Cinemateca Brasileira, para atores, diretores e fotógrafos. Ele falará sobre as técnicas utilizadas em A Fita Branca, de Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Os preços continuam salgados:

Permanente Integral - R$ 390,00

Permanente Integral Folha (15% de desconto para o titular da assinatura) - R$ 331,50

Permanente Especial - R$ 90,00

Permanente Especial Folha (15% de desconto para o titular da assinatura) - R$ 76,50

Pacote de 40 - R$ 285,00

Pacote de 20 - R$ 165,00

INGRESSOS INDIVIDUAIS


Segunda a Quinta

Inteira - R$ 14,00
Meia - R$ 7,00

Sextas, Sábados e Domingos

Inteira - R$ 18,00
Meia R$ 9,00


VENDAS PELA INTERNET

No site Ingresso.com, o ingresso poderá ser adquirido com antecedência de quatro dias a um dia antes da sessão.


A abertura oficial da Mostra será realizada mais uma vez no Auditório Ibirapuera, e terá a exibição de À Procura de Eric, de Ken Loach, indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Fonte: mostra.org

segunda-feira, outubro 19

Dicas de cursos de cinema

Meu interesse por assuntos cinematográficos vai além de ver um filme aqui e outro ali. Para mim, trata-se da profissão que escolhi para ter o pão de cada dia, e para tanto, tenho que me especializar cada vez mais naquilo que pretendo tornar minha fonte de renda. Por este motivo, faço questão de procurar todos os tipo de cursos e especializações que surgem por São Paulo, e para ajudar quem gostaria, assim como eu, de entender mais profundamente do assunto, seja por lazer ou profissão, decidi listar algumas instituições (nacionais e internacionais) que oferecem cursos sobre cinema (às vezes salgados, às vezes tranquilos). Seguem:

Formar-se em cinema pode ser uma atividade que pede muito (MUITO) dinheiro sobrando. Mas, dependendo do local que escolhe para fazer o tal curso, acaba valendo a pena. A AIC (Academia Internacional de Cinema) oferece um curso de formação:

-Formação Profissional em Cinema - Film Works
Próximas turmas: 01 de Fevereiro de 2010
Valor do semestre para pagamento à vista - R$ 6.216,00 (20% de desconto)
Ou aproveite o desconto na matrícula - matrícula R$ 900,00 + 5 pagamentos de R$ 1.295,00

Outra instituição que oferece um dos melhores cursos superiores de Cinema de São Paulo é a FAAP:

-Graduação em Cinema
Próximas turmas: Fevereiro de 2010
Valores: Sob Consulta

Além de graduação, outras opções podem ser analisadas, principalmente para estudantes de outros cursos como jornalismo, publicidade ou rádio e TV.

Onde?: AIC
O quê?: Curso de Produção Executiva, Captação, Distribuição e Exibição
Turmas: Aguarde
Quanto?:
R$ 4.500,00 à vista ou 6x de R$ 833,00

Onde?: AIC
O quê?: Documentário
Turmas: Aguarde
Valor: R$ 1.620 à vista (10% de desconto) ou 4 x R$ 450 [R$ 1.800]

Onde?: AIC
O quê?: 16mm
Turmas: Aguarde
Valor:
R$ 1.800 à vista (10% de desconto) ou 4 x R$ 500 [R$ 2.000]

Onde?: Senac
O quê? Distribuição e Exibição de Cinema
Turmas: Inscrições Abertas
Valor:
R$ 833,00

Minha fonte de inspiração para continuar mantendo minha poupancinha:

Onde?: New York Film Academy
O quê?: Produção de Filmes
Turmas: 2010 inteirinho (4 semanas de duração)
Valor: Sob Consulta

E o curso mais bacana de todos...

Onde?: AIC
O quê? Oficina Crítica
Turmas: 1º a 31 de março de 2010
Valor:
Qua/Sex - À vista: R$ 300,00 à vista ou 2x de R$ 170,00
Sábados - À vista: R$ 350,00 à vista ou 2x de R$ 195,00

Para maiores informações, acessem os sites das escolas:

AIC
Senac
FAAP
IC - Para o curso em NY

quinta-feira, outubro 15

Cinema na escola!

Pelo Dia dos Professores, vale lembrar quem já invadiu, quebrou, atirou ou fez história dentro de uma escola em Hollywood...

"Um Tira no Jardim de Infância", hilário e assustador ao mesmo tempo, tem a clássica cena das crianças falando sobre a profissão de seus pais. De rolar de rir.

"Escola de Rock". Rock'n Roll sendo ensinado em salas de aula. Tem ideia mais genial que essa?

O clássico das sessões da tarde e a arte de economizar atores. "O Professor Aloprado".


"Sociedade dos Poetas Mortos", faz chorar, se emocional, se inspirar... tudo num filme só.

FELIZ DIA DOS PROFESSORES!

sexta-feira, outubro 2

Lula, o Filho do Brasil, 2010



Uma ótima história, com um ótimo roteiro, ótimo elenco e um péssimo momento. "Lula, o Filho do Brasil" de Fábio Barreto é um filme biográfico que conta a tragetória de Luiz Inácio "Lula" da Silva, atual presidente do Brasil.

Baseado no livro homônimo de Denise Paraná, o livro traça uma linha do tempo na história de Lula, e conta desde seu nascimento, até seu envolvimento com a política, sindicatos e ativismo. O filme está para ser lançado em 2010 (ano de eleição).

Produzido pelo pai e irmã de Fábio Barreto, o orçamento do longa está em cerca de 15 milhões de reais, muito alto para os padrões brasileiros, mas o diretor pretende arcar com todos os custos sem ajuda municipal, estadual ou federal. Tudo isso para evitar polêmicas. Tarde demais. O ano de lançamento do filme pode manipular a cabeça de pessoas que terão uma visão muito diferente de quem realmente é Lula.

Presidente e co-fundador do Partido dos Trabalhadores, Lula é envolvido com política desde 1968, quando se filiou ao Sindicato dos Metalúrgicos, e desde então vem representando o poder esquerdista brasileiro. Com ideais comunistas, fundou juntamente com Fidel Castro (sim, o assassino-ditador de Cuba) o Foro de São Paulo, representando a luta da esquerda no Brasil.

Durante a ditadura militar, Lula foi detido na DOPS por vinte dias devido a seus envolvimentos sindicais. Em 1982, Lula entra definitivamente na vida política se candidatando ao governo paulista. Depois disso foram cinco candidaturas a presidência, sendo eleito somente em 2002.

Atualmente, Lula é considerado o 18º homem mais poderoso do mundo, saindo do interior de Pernambuco, sem ensino superior, sofrendo com abusos do pai alcoólatra, se envolvendo com criminosos e praticando o maior populismo já visto no Brasil desde Getúlio Vargas.

É por essas e outras que "Lula, o Filho do Brasil" pode se tornar um dos filmes mais influentes já lançados, e certamente virará filme obrigatório para muitas universidades do Brasil.

Expondo minha opinião, acredito que deve-se ter muito cuidado ao assistir esse filme para não criar ideias incorretas a respeito do presidente. O filme expõe a visão do cineasta e deve ser analisada individualmente, respeitando a opinião que criamos nesses 7 anos de mandato.

Para ver o trailer clique aqui!

segunda-feira, setembro 28

O Novo Cinema Novo?

Como sabem (ou não) domingo foi meu aniversário, e tive a oportunidade de reunir alguns amigos para comer uns onion rings, doritos e skin potatos, regados a cerveja e vinho e muita conversa. E lá no pico do Tabuca tivemos um longo papo que começou com a seguinte indagação: Whatahell? O que está acontecendo com o mundo do showbiz? Ah, o tal Showbiz... além de ser o álbum de estreia da MAGNÍFICA banda Muse, é também o sonho de consumo de 98% de todos os jovens que escolheram a arte como meio de sobrevivência. Mas nós, nascidos entre as décadas de 80 e 90, temos a ligeira impressão de que tudo mudou, não é verdade? Sim, certamente porque é comum que isso aconteça com o passar dos tempos, afinal, se fosse sempre tudo igual o nível de suicídio seria, no mínimo, o dobro. Além do mais, o que vocês acham que os apreciadores de The Beatles pensaram de nós quando queríamos ouvir um loiro vestido de lenhador exclamar toda a sua dor com melodias sem explicação? Mas qual é a nossa dificuldade em aceitar o novo rumo da arte?

Aprendi que em uma dissertação, não podemos deixar perguntas sem respostas, então tentarei levar a vocês a conclusão que chegamos no quintal, naquele domingo quente.

Conhecemos como Cinema Novo aquela "revolução" ocorrida no cinema brasileiro, no qual cineastas como Glauber Rocha tiveram a oportunidade de expor suas obras, que na época não foram apreciadas e que hoje é o reduto de inspiração dos pseudo cult da nossa geração. Nessa época surgiram filmes como "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e "Terra em Transe" outrora tidos como sem nexo e "forma de arte desprezível". E é esse cenário que vemos hoje. Filmes incompreendidos, sem nexo e desprezíveis. Sob a nossa ótica, é claro.

O showbiz está cada vez menos seletivo, e por esta razão vemos surgir tanta banda e filme sem qualidade, que se tornam incompreendidos em sua época, isso gera preconceito e falta de conhecimento. Mas isso não é novidade. Novidade é que, quem pretende trabalhar com arte daqui para frente, deverá ter a certeza de que não encontraremos mais Glauber Rocha e Cacá Diegues, não encontraremos mais Led Zeppelin e Nirvana, tampouco Machado de Assis e Fernando Pessoa. Não teremos mais imortais, talvez um ou outro. E é nesse mundo que iremos trabalhar. O Novo Cinema Novo se aplica a todos os tipos de arte. A perpetuação dos imortais está nas nossas mãos, acreditem se quiser.

A conclusão que chegamos é que assim como o público mudou, o critério da mídia mudou também. E nada do que pensamos ou falamos pode mudar isso. E então percebemos que isso também não é novidade, e voltamos para o ponto inicial da conversa: a mídia segue o povo ou o povo segue a mídia? Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?


Essa resposta é muito pessoal e intransferível, e como não quero confusão, prefiro parar por aqui. Desculpe por enganar vocês e deixar perguntas sem respostas. Na verdade eu queria mesmo era saber a opinião de cada um :)

terça-feira, setembro 22

Rapidinhas cinematográficas...

Quatro notícias sobre cinemaque você não pode perder!

  • O mega ator Johnny Depp não está mostrando muita animação para filmar a sequencia de Piratas do Caribe. Johnny alega que perdeu o entusiasmo depois que Dick Cook, importante executivo dos estúdios Disney pediu demissão (entenda: foi forçado a pedir demissão). O quarto filme "Pirates of Caribbean : On Strangers Tides" seria lançado nos EUA no verão de 2011.
  • Os ingressos para uma exibição especial de "Inglorious Bastards" no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, que terá a presença do diretor Quentin Tarantino, esgotaram em 20 minutos. O filme será exibido dia 07/10. A previsão de estreia para o resto do Brasil é dia 09/10, após o término do festival.
  • O filme "A Orquestra dos meninos" vence o festival de cinema de Londres. O longa foi dirigido por Paulo Thiago e tem Murilo Rosa no elenco. A história conta a vida do maestro nordestino Mozart Vieira.
  • "Salve Geral" é escolhido para representar o Brasil na próxima premiação do Oscar. O filme desbancou "Jean Charles" de Henrique Goldman, “Feliz natal”, de Selton Mello, “A festa da menina morta”, de Matheus Nachtergaele entre outros. Agora cabe a Academia decidir se o filme disputará a premiação.

sexta-feira, setembro 18

STAR WARS E SEUS MOMENTOS CLÁSSICOS!






Porque filmes clássicos merecem fotos clássicas...

quarta-feira, setembro 16

A grande farsa do cinema nacional



Comédia, sátira e farsa são três modalidades teatrais importantes, que fizeram história durante muito tempo. Hoje em dia elas podem caracterizar muito bem a atual situação do cinema no Brasil. Aquelas comédias pastelão que todo mundo gosta de ver na TV, tomam lugar nas telonas, e atingem a primeira posição no ranking de filmes mais vistos nas salas brasileiras. As sátiras saem da TV e correm para os filmes, facilitando a aceitação e gerando toneladas de dinheiro para os cofres das grandes produtodas (uma delas a Globo Filmes, responsável pelos filmes que pertencem às Organizações Globo, e que divide a opinião de muitos cineastas).

Filmes como "Se eu Fosse Você", "Se eu Fosse Você 2" e "Os Normais" renderam milhores se tornando os filmes mais vistos da Retomada. Os três foram produzidos pela Globo Filmes. Nenhum desses filmes ganhou um prêmio de excelência.

"O Homem que Copiava" de Jorge Furtado, lançado em 2002, ganhou o Grande Prêmio de Cinema do Brasil, em 2004, Lázaro Ramos ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Havana e ganhou o troféu APCA de melhor filme. "O Homem que Copiava" não levou nem metade de pessoas para os cinemas. Também foi produzido pela Globo Filmes.

Qual a diferença então entre esses quatro filmes? A temática, a abordagem e principalmente o público que deseja atingir. Comprovadamente, o público aumenta em 86% se o filme for uma comédia e 63% se tiver citação ao sexo. Explicado?

Onde está portanto a tal farsa?

Chamam de "A Retomada" o ciclo cinematográfico brasileiro iniciado em 1995 (dois anos antes da criação da Globo Filmes). Esse ciclo foi marcado por apoio fiscal e financeiro para que o cinema nacional tomasse novos rumos, aumentando a criação cinematográfica e intensificando a lei do Audiovisual. Tudo isso porque o cinema estava atravessando uma grande depressão. E ai está a grande farsa. Não saimos dela ainda. A depressão ainda está aqui, mas exibida de uma outra forma.

Perceba que o público ainda não frequenta o cinema porque temos produções de qualidade, e sim porque tocam no assunto que eles querem ouvir. Sexo, violência e uma pitada de pornografia nos leva novamente a uma pornochanchada desfigurada, mostrando que tudo o que criamos até então não está longe daquilo que tinhamos nas primeiras décadas do século.

Logo, chegamos a conclusão que o cinema não vive uma retomada, e sim uma repaginada de tudo o que já conhecemos. E que as salas cheias de pessoas que gostam de se divertir com cinema nacional são "imgens meramente ilustrativas".

sexta-feira, setembro 11

Moore, o cineasta do futuro


Escolho o dia de hoje, aniversário importante de um dos acontecimentos que mais marcaram nosso século atual, para falar de algo que certamente será, ou já é, do interesse de todos.

Não faz pouco tempo que venho dizendo entre meus conhecidos, que Michael Morre é o cineasta do futuro. Por quê? Pois bem, é fácil responder. Haverá um tempo onde filmes não serão mais o suficiente para entreter as pessoas. Vimos a pouco tempo pessoas que comparavam filmes a games de internet, dizendo que os roteiros e as produções audiovisuais seguem o mesmo padrão.

Posto isso, tenho o imenso prazer de mostrar a vocês minha grande opinião sobre o assunto. Michael Moore dono de filmes espetaculares como "Tiros em Columbine" e "Farenheint 11/9" nos presenteia com mais uma produção que já balançou as poltronas do Festival de Veneza. "Capitalismo: Uma História de Amor" denuncia o capitalismo perverso e desumano que vivemos hoje e mostra relatos de idosos e pessoas da classe média americana que perderam tudo que haviam construído com muito suor e trabalho.

E por que eu digo que esse será o cinema do futuro? Por mostrar a realidade, nua e crua. Por ser prestação de serviço, e não apenas entretenimento. Por ter todos os atributos que um longa possui, e ainda a oportunidade de termos acesso a realidade de pessoas que vivem longe de tudo aquilo que conhecemos.

Moore foi recebido em meio a aplausos na sala de imprensa, prova de que novamente obteve sucesso naquilo que procurava, mostrando os culpados e o local do crime da última recessão que vivemos. Wall Street, George W. Bush, lágrimas, Citybank, dólares, desemprego, Ronald Reagan e multinacionais são os protagonistas do relato mais verdadeiro e descarado sobre os últimos acontecimentos mundiais.

Sempre com muita cara de pau e compromisso com a verdade, Michael Moore vem se mostrando cada vez mais humano e competente, sendo um jornalista a se honrar. Assim como Walter Cronkite já foi considerado o homem mais confiável da América, principalmente depois de anunciar a morte de JFK e a (suporta) ida do homem à Lua, podemos chamar Michael de o documentarista-jornalista-cineasta mais funcional e competente que temos na atualidade, por mostrar a crise do capitalismo e a realidade americana que todo cineasta de Hollywood tenta esconder.

quarta-feira, setembro 9

Os 25 piores filmes do mundo?



Que ousadia...
O cinema chora ao ler certas reportagens. E eu, ainda com muita teimosia, continuo a ler esses sites ditos jornalísticos no intuito de me atualizar, mas acabo me irritando mais que me atualizando. Hoje, logo cedo, li em www.globo.com uma matéria na qual um escritor paulista chamado Renzo Mora, autor de "Fica Frio! Uma Breve História do Cool" e "Cinema Falado" escrevera um novo livro chamado "25 Filmes Que Poder Arruinar Sua Vida".

Ora, logo entrei para ler o que este ousado escritor tinha a nos revelar. E lá estava a materia, com uma imensa (25 filmes) lista de filmes que ele julgou ruins.

Para o escritor, atualmente Hollywood enfrenta uma crise criativa, que motiva a proliferação de adaptações de quadrinhos, programas de TV e jogos. Correto! Mas calma lá, dizer que os filmes estão se tornando ruins está muito longe do que vemos. O escritor defende que não são apenas filmes de baixo orçamento que são ruins, e o exemplo que ele dá para isso é o filme “Fogueira das vaidades”, de Brian de Palma, que possui Tom Hanks como protagonista.

Mas nada disso está no meu assunto principal de hoje. O que quero frizar é a ousadia e a falta de tato do autor de querer criar uma lista com filmes que ELE cita como ruins, publicar em um livro e nos fazer engolir aquele preconceito todo.

Podemos perceber que o autor não OUSOU em colocar um único filme célebre e aclamado pela crítica em sua lista. Claro que não, obviamente ele teve que ser imparcial neste caso. Como um fã de Quentin Tarantino aceitaria ver "Cães de Aluguel" em uma lista como essa. Ou ao invés de “Fogueira das vaidades”, Brian estivesse presente com "Os Intocáveis"? Seria uma idéia pouco popular, no mínimo.

Desculpem-me a roupa suja, mas o cinema tem, em todas as suas formas, modos diferentes de atingir as pessoas, visto isso NENHUM filme é ruim o suficiente para ser listado em uma seleção de filmes que podem ARRUINAR SUA VIDA, correto?

Além disso, depois de passar muito tempo estudando sobre o cinema, aprendi que a sétima arte não pode ser diluída em nenhuma lista. Nem mesmo aqueles 1001 filmes que você deve ver antes de morrer, nem mesmo essa lista relata a real importância dos filmes em nossas vidas.

Portanto, caso alguém deseje ler este livro, por favor, não caia na odisséia da informação pré formulada, leia e busque mais sobre o filme antes de achar que ele pode arruinar sua vida.

Por mera curiosidade, deixo abaixo esta lista infame:

1. ‘A fogueira das vaidades’
2. ‘Showgirls’
3. ‘Sinceramente teu’
4. ‘Howard o pato’
5. ‘Hudson Hawk – O falcão está à solta’
6. ‘Ishtar’
7. ‘Duna’
8. ‘Lambada, a dança proibida’
9. ‘Cleópatra’
10. ‘Contato de risco’
11. ‘Mulher gato’
12. ‘Serpentes à bordo’
13. ‘Batman e Robin’
14. ‘Casseta & Planeta – A taça do mundo é nossa’
15. ‘Cinderela baiana’
16. ‘Jesus Cristo, caçador de vampiros’
17. ‘Jesus Zumbi!’
18. ‘Manos, as mãos do destino’
19. ‘Beto Rockefeller’
20. ‘Glen ou Glenda’
21. ‘Plano 9 do Espaço Sideral’
22. ‘O cérebro que não queria morrer’
23. ‘A reconquista’
24. ‘Papai Noel conquista os marcianos’
25. ‘Salve-se quem puder’

quarta-feira, setembro 2

E agora Spider Man?


Crise na saúde, crise mundial, crise aérea, crise no senado e agora crise no mundo animado. Sim, porque o anúncio da compra da Marvel pela Disney, pelo valor astronômico de U$4 bi foi a crise mais chocante do setor terciário. A nossa Marvel, 'House of Ideas', nas mãos da Disney. Não que eu não goste das produções Disney, não é nada disso, mas o que poderemos esperar do "Spider Man 4"? O próximo inimigo dele será a Rainha má? Ele perderá sua máscara em uma festa, e esta será encontrada por uma princesa rica?

Claro que não, O Hulk, o X-Men, o Spider Man, O Quarteto Fantástico, O Justiceiro, O Demolidor, todos esses continuarão sendo maus, bravos, corajosos e feitos para crianças adultas. Enquanto o Mickey, a Minnie, o Pato Donalds e a Branca de Neve continuarão doces e amigáveis, como sempre foram.

Acredito que as únicas mudanças que podemos esperar dessa compra, seja que a partir de agora poderemos procurar mensagens subliminares também nos filmes da Marvel (just kidding).

Essa compra está cheia de altos e baixos, afinal os contratos que a Marvel tem com os estúdios/distribuidoras Fox (X-Men, Demolidor e Quarteto Fantástico), Paramount (Homem de Ferro) e Sony (Homem-Aranha) continuam em pé, porém os criadores deverão passar a responder aos executivos da Disney.

O contrato dá grande liberdade aos criadores e desenhistas da Marvel, e os quadrinhos continuarão com o mesmo teor, a Disney não tem o poder de alterar uma história e roteiro já criado e além disso, a tecnologia 3D utilizada pela Disney em seus filmes, e que é considerada a melhor do mundo, também poderá ser utilizada nos personagens da Marvel, vemos portanto outro ponto a se comemorar. O canal Disney Channel passará a exibir os filmes e desenhos da Marvel, melhorando CONSIDERAVELMENTE sua programação. Poderemos finalmente esperar acabar o "High School Musical" para começar "Spider Man".

Joe Quesada, responsável pela equipe de quadrinhos Marvel continuará em seu posto até segunda ordem, nada mudará dentro da edição.

Afinal de contas, o que mudou nessa grande compra bilionária? Agora a Marvel tem mais dinheiro para transformar seus projetos em filmes. A Disney não vai interferir nos rumos dos personagens nos quadrinhos, mas pretende distribuir e produzir os filmes da empresa no futuro. Com o acordo, mais heróis devem virar filmes e desenhos animados num período de tempo muito menor do que seria se a Marvel continuasse independente.

Conclusão: ganhamos muito com essa compra, e quem sabe poderemos ver um remake extraordinário de Capitão América, não é?

segunda-feira, agosto 10

40 anos de Helter Skelter


9 de agosto de 1969, era verão em Los Angeles. Um grupo de seguidores da seita de Charles Manson entrava numa mansão da classe alta para dar início a um dos mais cruéis assassinatos da história dos Estados Unidos. O papel principal fica por conta do próprio Manson, que além de articular, manipular e arquitetar tudo, fez questão de planejar outro ataque, no dia seguinte.

O caso, conhecido como Tate/LaBianca se tornou o maior caso se "real serial killer" da américa, talvez não apenas pela quantidade de mortes (7 em apenas um final de semana), mas também pela figura assassinada. Sharon Tate, mulher de Roman Polanski, que estava grávida de oito meses e foi brutalmente assassinada com 16 facadas.

Sharon foi uma das mais belas mulheres dos anos 60. Em Hollywood, ganhou espaço a partir de Dont Make Waves, uma comédia com Tony Curtis e Cláudia Cardinale de 1967. E foi ai que chamou a atenção de Roman, que imediatamente a chamou para participar de A Dança dos Vampiros. Após filmagem, em 1968, os dois se casaram. Sharon morreu grávida do primeiro filho do casal.

Charles Manson nasceu em Cincinnati, em 1934. Era filho de uma prostituta e em 1964 formou a seita, que chamaria de "Família Manson". A mesma família que o idolatrava e o considerava um herói por poder encarnar Deus e o diabo. Considerado como o próprio Messias por aqueles que o seguiam, era capaz de manipular e usar as pessoas para fazer as maiores atrocidades que podiam imaginar.

A família Manson

O termo Helter Skelter, usado por Manson como uma espécie de hino veio da música homônima dos The Beatles. Charles dizia que a música trazia mensagens subliminares que o fazia cometer tais atos.

Até hoje, Charles Manson tem grande ligação com a arte. Compositor e músico, diversas bandas já gravaram músicas de sua autoria. Um dos integrantes da banda Beach Boys, Dennis Wilson, fez parte da Família Manson, fazendo com que a banda gravasse "Never Learn Not To Love", composta pelo assassino. Guns'n Roses gravou "Look At Your Name, Girl", em 1993.

O cantor Marilyn Manson atribui seu nome ao que ele chama de "o último e mais pertubante dualismo da cultura norte-americana" Marilyn Monroe e Charles Manson.

Há décadas Manson vem tentando obter liberdade, mas continua cumprindo pena de prisão perpétua na Corcoran State Prison, na Califórnia. Hoje, tem 74 anos e está assim:

segunda-feira, agosto 3

Noir ou não noir... eis a questão!


Assim como uma pintura, um filme noir é resultado de diversos outros estilos, todos misturados, presentes em uma só produção audiovisual. E assim como no nosso dia a dia, no qual temos que aprender a lidar com cada uma das situações, no filme temos que saber dividir cada estilo, e apreciá-lo de uma forma diferente.

Policial ou romance, cada estilo do noir merece um apreço diferente. Mas antes de mais nada, expliquemos portanto o que realmente é o filme noir.

Oras, nada mais que o mundo em que vivemos, cínico, debochado, não apático e principalmente violento. Ele existe desde 1946, graças a Nino Frank. Vale ressaltar que não são todos os filmes em preto e branco que podem ser considerados noir, propriamente ditos. Originalmente, eles são monocromáticos, o que não quer dizer que todo filme assim seja um noir. Não, é necessário muito mais para podermos caracterizá-los desta forma.

As décadas de 40 e 50 foram o auge do cinema noir, os filmes tinham um baixo orçamento, atores de segunda categoria, mas um charme de causar inveja em qualquer outro clássico da época. O film noir ficou conhecido por estas características, criando dramas inteligentes e permeados por niilismo, desconfiança, paranóia e cinismo, em ambientes realistas urbanos e utilizando-se de técnicas como narração confessional ou movimentos de câmera com o ponto de vista do herói.

Os Bad-Girl-Movies, como também eram conhecidos os filmes noir, às vezes também era rodeado de críticas a mulheres, muitas vezes de caráter questionável e vez ou outra vilã-mocinha de uma história medonha.

Crime, assassinato, pavor e realidade desviada são alguns dos temas abordados por filmes noir, que tem como característica principal o alto contraste do preto e branco e tomadas diferenciadas, como se sempre o bonzinho estivesse vendo a cena, com seus próprios olhos. Um exemplo famoso e fenomenal de um filme noir aclamado pelas críticas foi Sunset Boulevard (1950).

Os filmes noir influenciaram muito o cinema atual, os irmãos Cohen são um exemplo de que este estilo ainda é vivo, mais de cinquenta anos depois de seu surgimento. David Lynch também fez do gênero um alicerce para suas obras, principalmente em Blue Velvet (1986). Sin City é, por muitos, considerado o filme neo-noir mais fiel à proposta do gênero, mas há quem diga que não passa de um recurso para economizar na produção do longa.

Uns gostam, outros não... mas não dá para negar que um filme noir mostra, realmente, do que o cinema é capaz.

segunda-feira, julho 20

O homem na lua? Conta outra...


Espera ai, esse brilho na foto é o Sol? Desde 1902 com "Viagem à Lua" o homem sonha em pisar em nosso satélite branco. Este mês (exatamente hoje, dia 20) comemora-se a suposta ida de um ser humano à Lua, e não é de se espantar que as teorias da conspiração voltem novamente a assombrar os que ainda acreditam nesta expedição. Durante décadas foram recriadas imagens cinematográficas perfeitas de idas e vindas para outras galáxias, e quem desconfiaria de que aqueles planetas criados por George Lucas realmente não existiriam em algum lugar pelo universo?

"E.T", "Cowboys do Espaço", "2001: Uma Odisséia no Espaço", "Apollo 13" foram filmes que, durante todo esse tempo, nos fizeram ter certeza de que era possível criar uma atmosfera extraterrestre dentro de um estúdio em Hollywood, então por que devemos acreditar que em 1969, quando já era possível criar qualquer cenário na cidade do cinema (2001: Uma Odisséia no Espaço é de 1968, um ano antes de Neil Armstrong, supostamente, colocar seus pezinhos no satélite) o homem realmente foi à lua?

Os Estados Unidos, no auge da Guerra Fria, vendo que estavam ficando para trás, seria talvez o único país capaz de poder criar uma cena realista o suficiente para atrair a as atenções do mundo inteiro. Para Stanley Kubrick seria fácil demais fazer algo parecido com o que foi mostrado pelas emissoras, que àquela época não possuiam autonomia suficiente para rebater algo que os Estados Unidos, o país mais confiável à época, pudesse criar.

Quem duvidaria que o sonho seria realizado? Ainda mais pelo país mais rico do mundo, o salvador da pátria. Muitos defendem que o idealizador dessa história toda foi John Kennedy, e que ele não seria capaz de fraudar um sonho. Ok, ele não... mas em 1969 as traças já teriam dado um jeito nisso, uma vez que o presidente já estava morto. Richard Nixon, pelo contrário, estava vivinho, e Watergate já mostrou do que ele era capaz. Ele foi o único presidente que vivenciou as ditas seis idas do homem (leia-se: americanos) à Lua.

Não quero criar polêmica, mas as fotos são duvidosas, e os fatos mais ainda. Acreditem se quiser, mas para mim trata-se da fraude do século, que é exaltada até hoje por milhares de pessoas. Afinal de contas, hoje ainda temos muitas dúvidas a respeito do que acontece fora da Terra, e por que ninguém volta lá?

O motivo de tocar nesta assunto é porque ele é mais cinematográfico que qualquer outro, afinal de contas ele têm uma ótima fotografia, enquadramentos perfeitos, atores de primeira categoria, o melhor diretor do mundo (Stanley teria dirigido o "longa") e como não poderia faltar, as hilárias "falhas nossas"!

Como o blog é democrático, seguem as fotos para que vocês mesmos tirem a prova real! Enjoy!




segunda-feira, julho 13

True Romance, 1993


Dirigido por Tony Scott (Deja Vu, Numb3rs e Domino) , True Romance é um dos melhores roteiros que Quentin Tarantino já criou. Esse filme é um dos mais importantes na carreira de Quentin, uma vez que foi com o dinheiro conseguido com a venda deste roteiro e de Natural Born Killer (que vendeu para Oliver Stone) que Tarantino conseguiu iniciar a produção de Reservoir Dogs, primeiro filme dirigido por ele.

True Romance narra a história de Alabama (Patricia Arquette), uma ex-call girl e Clarence (Christian Slater), um homem solitário que trabalha em uma loja de discos.

Alabama é contratada pelo patrão de Clarence para tentar fazer com que ela fosse para cama com ele uma vez que fazia anos que ele não se envolvia com mulher alguma. Após uma noite, os dois se apaixonam, e quando Alamaba diz a verdade, Clarence decide ir à casa de Drexl (Gary Oldman) cafetão de Alabama.

Após muita luta, muito tiro e muito sangue, como somente o Tarantino poderia imaginar, Clarence, por engano, sai da casa de Drexl com uma maleta cheia de cocaína, pensando ser as roupas de Alabama.

Ao perceber a confusão, os dois decidem fugir para Hollywood para tentar vender a droga para algum ator rico. O que Clarence não sabia, era que ele havia se metido com a pior classe de mafiosos italianos, e a partir de então inicia-se uma "caça ao tesouro" atrás da cocaína.

O filme tem uma das cenas mais famosas do cinema da década de 90, e uma das melhores atuações de Christophen Walker e Dennis Hopper.

Assistir True Romance lhe dá a linda impressão de que as coisas poderiam ter continuado como estavam. A década de 90 nos deu grandes presentes cinematográficos, e um deles foi True Romance. Você tem um romance-ação-comédia, com Brad Pitt impecável, um Gary Oldman totalmente diferente do Gordon conhecido em Batman e um Christophen Walker super siciliano que não pode imaginar que a raça italiana veio dos negros.

O filme é um pouco raro para compra. Você precisa ser bastante determinado para achá-lo, e provavelmente a pessoa vai lhe cobrar os olhos da cara pelo DVD, mas ainda assim vale a pena.

Para maiores informações: Imdb

sexta-feira, junho 26

A música chora...


Dia 25 de junho de 2009 - data que entra para o hall das mais tristes no mundo da música. Michael Joseph Jackson, o maior ícone pop do século XX se foi aos 50 anos. O cantor sofreu uma parada cardíaca em sua mansão localizada em Los Angeles por volta do meio dia. Os paramédicos que o socorreram no local encontraram Michael inconsciente e já sem respirar. Às 13:07, horário local (18:07 horário de Brasília) foi anunciada a sua morte. Como era de se esperar, a notícia cruzou o mundo em segundos, pegou de supresa e comoveu a todos.

O mundo musical perde a mais importante figura de sua total expressão e significado de forma inesperada, misteriosa e dolorosa. Dono de um talento indiscutível, que envolve principalmente a dança e a interpretação de suas músicas, Michael quebrou inúmeras barreiras. Gravou discos intocáveis, ensinou a todos o que é um vídeo-clipe de verdade, realizou shows magníficos e imortalizou seus passos nos pés de pessoas do mundo inteiro. Acumulou uma riqueza inigualável chegando a comprar parte dos direitos autorais de músicas dos Beatles - quantia astronômica - e construindo um "quase parque de diversões" na California; o rancho Neverland.

Ao longo dos mais de 40 anos de carreira, Michael Jackson - que dispensa qualquer tipo de "mini-biografia" - misturou doses e mais doses de diversos ingredientes que aos poucos o coroaram com o título que o seguiu até o fim de sua vida, ainda que afastado dos palcos há um bom tempo. Talento, fama, dinheiro e escândalos fazem parte dessa mistura. Sua personalidade excêntrica que começou a ser desenhada assim que deixou o Jackson 5, aliada aos maus tratos sofridos pelo pai, lhe custou caro o bastante para fazê-lo perder parte da sua fortuna com advogados que o defenderam de acusações como as de abuso sexual e pedofilia.

A alternância entre o estado normal e o duvidoso se tornou a marca registrada de Michael em seus derradeiros anos de carreira e talvez tenha sido isso que fez dele o, acima de tudo, artista que era. Michael deixa o mundo após anunciar uma turnê que findaria na sua aposentadoria e que já estava com todos os ingressos esgotados. Infelizmente ele partiu antes de nos apresentar um show de despedida.

Creio que para todo mundo, a notícia, seja ela vinda de qualquer forma, soou como um choque enorme e com certeza ainda gera a frase mais comum desde ontem: "Ainda não acredito!". Michael Jackson já está fazendo falta desde seu primeiro segundo de vida eterna; falta essa que jamais deixará de ser sentida. Para todos os fãs, independente da crença, resta pensar que o paraíso dos astros, que sempre esteve em festa, agora tem um novo integrante - agora possui um Rei.

quarta-feira, junho 24

Fahrenheit 9/11, 2004


Ganhador da Palma de Ouro de 2004, Fahrenheit 9/11 que foi dirigido, produzido e escrito por Michael Moore é simplesmente genial.

O documentário narra os momentos mais tensos do primeiro mandato de George W. Bush nos Estados Unidos e cita as causas e consequências dos atentados de 11 de setembro, fazendo referência a posterior invasão do Iraque liderada por esse país e pela Grã-Bretanha. Além disso, tenta decifrar os alcances dos vínculos que existiriam entre as famílias do presidente George W. Bush e a de Osama bin Laden.

Com seu humor característico e compromisso de revelar os fatos, Moore contempla a presidência de George W. Bush e onde ela nos levou. Ele mostra como e porque Bush (e quem mais importava) evitaram associar o 11 de setembro aos Sauditas, ignorando o fato de que 15 dos 19 seqüestradores eram Sauditas e de que foi dinheiro saudita que fundou a Al Qaeda.

Michael Moore, jornalista e repórter americano, sentiu a necessidade de investigar o fato, já que havia muita obscuridade nas declarações do presidente George W. Bush. De posse de provas, documentos e depoimentos Michael foi feliz em sua pesquisa profunda no passado da família Bush, apresentando uma visão jamais vista, provando o envolvimento do presidente dos EUA em relações comerciais com os Bin Laden e explica que a “guerra contra o terror” era apenas uma manobra publicitária para expandir seus negócios na área de armamentos e utensílios de uso militar.

Sem exageros e nos apresentando uma versão muito mais realista dos fatos, Moore nos dá os mais claros indícios de que as eleições americanas foram fraudadas, o Iraque não tinha nada a ver com o terror, os sauditas têm 6% dos Estados Unidos e essa guerra trouxe lucros para as megaempresas americanas (Microsoft, DHL e outras).

Indispensável para qualquer cidadão que queria entender "em que mundo estamos" Fahrenheit 9/11 é mais que um documentário, é a prova que precisávamos para debater a idéia de que o American Dream ainda existe.

Ao final do documentário, por diversas vezes me peguei pensando porque nunca fizeram algo parecido no Brasil. Temos um governo falso-comunista, que já foi terrorista e guerrilheiro, que nunca sabe de nada, que é fã de Fidel Castro, e que é louco por poder. Eu mesma já pensei em 300 roteiros diferentes para o mesmo tema.

A questão é: chocaria? Mudaria algo? Faria a diferença?

sexta-feira, junho 19

Dia do Cinema Nacional


É comemorado hoje o Dia do Cinema Nacional. A data foi criada para lembrar dos filmes, que desde 1898 (data da primeira gravação no Brasil "Vista da Baía de Guanabara") encantam e desencantam os cinéfilos brasileiros.

A história do cinema no Brasil sempre foi muito conturbada, justamente por passar por crises que a tornaram insatisfatórias, e talvez até hoje nunca mais pudemos retomar o sucesso de que somos capazes. Depois de "Vista da Baía de Guanabara", o cinema viveu de altos e baixos, com crises de incentivos e produções pífias. E foi o Cinema Novo da década de 50, extremamente influenciado pela Nouvelle Vague francesa que deu um novo ânimo às produções cinematográficas no Brasil. Glauber Rocha, Ruy Guerra, Cacá Diegues entre outros, nos apresentaram filmes engajados socialmente e com visões políticas esquerdistas.

Nessa época, o mercado não era a pretensão maior dos diretores. A única intenção era abrir os olhos e mostrar a realidade.

Na década de 70, depois de um longo período de cinema de autor, ou seja, o cinema passível a erros geniais e imperfeições propositais, o cinema nacional viu produções que buscavam dinheiro e abertura de mercado. Bruno Barreto (Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1976), Hector Babenco (Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, 1977) e Arnaldo Jabour (Eu Te Amo, 1981) conquistaram cerca de 3 milhões de ingressos vendidos.

Trata-se de uma nova fase no cinema nacional, vivida até a era Collor, onde as verbas para as produções foram drasticamente cortadas. A Embrafilme, o Concine, o Ministério da Cultura, as leis de incentivo à produção e a Fundação do Cinema Brasileiro foram extintos. A essa época, tivemos apenas um filme produzido em 1922, A Grande Arte de Walter Salles.

Já na década de 90, temos um outro cenário no cinema do Brasil. A chamada "A Retomada" surge com força total, com produções como "Carlota Joaquina, a princesa do Brasil" de Carla Camurati.

O presidente à época, Itamar Franco, cria a Secretaria para o Desenvolvimento Audiovisual, que dá o incentivo que os gênios brasileiros precisavam para criar o que temos hoje como as maiores produções cinematográficas que o Brasil já ofereceu ao mundo.

Temos então filmes que misturam a chanchada da década de 30, com o cinema de autor da década de 50. Filmes com caráter social, como "Tropa de Elite", de José Padilha, "Carandiru", de Hector Babenco e "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles se tornam sucesso dentro e fora do Brasil.

Além desse gênero, temos ainda as comédias românticas, seguindo a premissa americana como sucesso de bilheteria. "Se eu Fosse Você 2" de Daniel Filho, se torna a segunda maior bilheteria da história do cinema no Brasil, com 1 milhão de espectadores somente na primeira semana. O filme perdeu apenas para Titanic, a maior bilheteria do cinema no mundo.

O site www.cinemabrasileiro.net apresenta uma lista com as 30 maiores produções cinematográficas brasileiras. Vale a pena dar uma olhada, para talvez aprendermos a respeitar mais os nossos filmes, que nos fazem chorar, rir e relembrar a história do Brasil.

segunda-feira, junho 15

Intrigas de Estado, 2009


Sagacidade e furos de reportagens embalam o novo filme de Ben Affleck e Russel Crowe. Os dois personagens centrais de State of Play são jornalistas, que embora não se tolerem, passam a atuar juntos ao tentar desvendar um crime que poderia ser uma das maiores bombas do jornalismo norte-americano.

O primeiro personagem é Cal McAffrey (Russel Crowe), um jornalista veterano, com um passado sujo, que sabe que deverá cruzar algumas leis, e talvez desrespeitar algumas outras, para conseguir uma boa matéria. A segunda, Della Frye (Rachel McAdams) é jovem e determinada, faria de tudo por uma boa matéria, e com o passar do tempo sabe que terá que se arriscar mais se quiser se dar bem no ramo.

O crime investigado envolve um congressista, Stephen Collins (Ben Affleck) que tem seu nome envolvido em três assassinatos, um deles de sua assistente, com a qual mantinha um romance às escondidas.

O filme aborda diversas faces do jornalismo, uma delas: a ética, com quem os personagens convivem e brigam constantemente, entre ter amigos e ter fontes. Outra é a corrida contra o tempo para obter a melhor matéria, antes de qualquer outro. O filme, por diversas vezes, pode ser comparado a "Todos os Homens do Presidente", que também aborda crimes políticos e a corrida pelo furo. O diretor do longa é Kevin Macdonald (O Último Rei da Escócia).

Baseado numa série homônima da rede britânica BBC exibida em 2003, "Intrigas de Estado", explora com sagacidade o gênero 'jornalistas destemidos', que existe desde a década de 1930 e já rendeu desde comédias românticas a suspenses recentes, como "O Zodíaco" (2007).

O filme estreiou no Brasil em 11 de junho.

Fonte: Reuters

sexta-feira, junho 5

Salve os novos Dinossauros do Rock!


Pra quem nasceu depois do meio da década 80, fica tão clara a falta do surgimento de artistas que ultrapassam os limites do talento e colam em suas carreiras, um selo de imortais. As últimas grandes bandas que ainda estão em plena atividade, e que têm seus líderes já com cabelos grisalhos, nos encantam mas não fizeram parte de nossa juventude.

Quando muitos de nós nascemos, Steven Tyler já havia chegado ao fundo do poço devido às drogas e ressurgido com o enorme sucesso do disco Permanent Vacation. Ozzy Osbourne já estava em carreira solo depois de ser imortalizado junto ao Black Sabbath. Os melhores álbuns do Metallica já haviam ficado para trás. Sem contar, Deep Purple, Whitesnake, Pink Floyd, AC/DC, The Doors e a trinca de bandas insuperáveis, formada por Beatles, Supertramp e Led Zeppelin. Tudo isso me faz ter o pensamento do tipo; "Poxa, como eu gostaria de ter nascido na década de 60".

Em meio a esse pensamento que, por ora, parece pessimista, ainda existe no final desse caminho todo uma luz acesa. Na verdade são duas luzes e elas têm nome: Pearl Jam e Oasis. Duas bandas que nasceram e despontaram para o mundo após os gloriosos anos do rock'n' roll e que ainda mantêm suas atividades. Gravaram discos antológicos, fizeram e fazem shows magníficos e assim constituíram suas obras. A cada ano que passa surgem com novos álbuns e anúncio de turnês mundiais. Não podemos esquecer que Noel, Vedder e cia já chegaram aos 40 anos, e estão prestes a se transformarem nos famigerados "Dinossauros do rock"; afinal de contas nenhuma das duas bandas dão sinal algum de que vão pendurar suas guitarras.

Não consigo imaginar outra banda que surgiu na década de 90 que possa perpetuar por um longo tempo e transcender a barreira quebrada pelas grandes bandas da história - que deixaram discos geniais e mesmo após os 40 anos ainda têm fôlego de sobra pra continuarem a espalhar o som do rock pelos 4 cantos do mundo. É claro que a nossa década tem muita coisa boa e é muito justo dar valor à elas, mas eu não imagino Brandon Flowers - por exemplo - levando seus netinhos em shows do The Killers. Pago pra ver e aposto com quem for que eles e outras várias, param antes disso, o que seria uma pena.

Fato é que, para que me entendam, eu terei um orgulho imenso ao ver meu filho segurando em suas mãos um dos discos do Oasis aprendendo e observando o quão grande é a história daquela banda (assim como fiz com discos do Aerosmith ou do AC/DC) e poder falar que ela fez parte da nossa década e que vi o nascimento de suas obras. Isso é que me faz ter tanta certeza de que esses novos tiozinhos serão os únicos representantes de nossa época num futuro tão incerto, musicalmente falando, que se aproxima tão rápido.

segunda-feira, junho 1

Cine Marabá, bem vindo!


É no encontro das duas avenidas mais famosas da cidade de São Paulo (Av. Ipiranga com Av. São João), que desde 1944 funciona o Cine Marabá, o mais duradouro cinema da Cinelândia Paulistana. O cinema foi inaugurado com a exibição "Desde Que Partiste". A sala, que foi a mais importante em São Paulo nas décadas de 40 e 50, fechou apenas em 2007 para receber uma reforma que lhe rendeu cinco novas salas e a modernidade dos cinemas de hoje em dia.

A transformação do cinema custou R$8 milhões e foi financiada pela distribuidora Playarte, responsável pelas exibições dos filmes. O saguão, que foi tombado como patrimônio histórico, ainda tem as referências da época de ouro do centro velho da cidade, como os lustres, as colunas e o piso. A reforma foi responsável, não somente pela manutenção da parte histórica do cinema, mas também pela inauguração de cinco novas salas, mil e cem lugares (a sala avulsa do cinema anteriormente possuia 1.655 lugares) e modernização da exibição. Um dos principais motivos da deteriorização do cinema foi a má qualidade das exibições, que perderam lugar para os cinemas modernos, com exibições de melhor qualidade.

A reinauguração do Cine Marabá traz, principalmente para os amantes de cinema e moradores da região, uma nova esperança para a retomada cultural do centro da cidade. Livrarias, restaurantes e cinemas luxuosos marcavam o tempo áureo da cultura do centro da cidade, que sentiam falta deste tipo de entretenimento, uma vez que os cinemas da região estão se degradando com a exibição de conteúdo pornográfico.

Na minha opinião, a reabertura das salas do Cine Marabá mostra como o cinema ainda é importante para a sociedade, e como assumiu determinantemente o lugar dos livros (outrora principal retrato da sociedade), na divulgação da realidade social contemporânea.

Espero que possamos contar com essas salas por uma eternidade, até as exibições 3D nos mostrarem outro tipo de se fazer cinema.

Os ingressos custarão R$ 10 (às quartas) a R$ 16 (na sala maior, com exibições em 3D).