terça-feira, outubro 14

Começando com isto...


Um cérebro, um coração e um pouco de coragem. Quantas pessoas no mundo sabem a importância dessa combinação? Quase nenhuma. Pesquisas mostram, que no geral, as pessoas usam muito mais o cérebro ao coração. Em "The Wizard of Oz" (O Mágico de Oz, título em português) Dorothy Gale (Judy Garland) consegue reunir os três elementos, em uma amizade improvável, em um cenário impossível e em um tempo inimaginável. Após um tornado passar por sua casa no Kansas, Dorothy entra em um universo over the rainbow, onde se torna heroína e protagonista de uma das histórias infantis mais aclamadas de todos os tempos. Produzido em 1939, "The Wizard of Oz" já foi considerado diversas vezes pela AFI (American Film Institute) um dos maiores musicais já realizados, além de ter recebido diversas indicações ao Oscar e ainda uma indicação à Palma de Ouro do Festival de Cannes daquele ano. O filme ganhou os prêmios de Melhor Canção Original e ainda de Melhor Trilha Sonora. Isso pode ser devido brilhante atuação de Judy Garland, como Dorothy, que marcou sua carreira para sempre, inclusive foi um ponto marcante para sua morte precoce.

Judy faleceu aos 47 anos, por overdose, causada principalmente pela pressão que sofria dos produtores de Hollywood. Ao atuar em The Wizard of Oz, Judy fechou um acordo em que ela não poderia engordar nenhum quilo, tampouco perder a aparência jovial. Sob tanta pressão e tendo sua vida exposta para o mundo, Judy sofria de mudanças de humor, depressão e alucinações, o que levou a sua morte em 1969. Frank Sinatra pagou por todo o funeral, e deixou claro sua admiração pela amiga. Judy não era a primeira escolha dos produtores para o papel. Shirley Temple foi inicialmente cotada, mas não teve a liberação dos estúdios Fox.

O filme é baseado no livro homonimo de L. Frank Baum, publicado em 1900. Vários anos após a sua morte, a MGM comprou os direito autorais e começou as filmagens em 1938. O filme foi finalizado apenas em 1939, com a colaboração de diversos nomes do cinema, inclusive, foi parcialmente dirigido por George Cuckor, que também dirigiu Gone With the Wind (E o Vento Levou). Victor Fleming assumiu logo depois, finalizando as filmagens e ficando com todo o crédito da realização, o que acabou acontecendo também em Gone With The Wind logo após tomar o lugar de George Cuckor nas gravações deste.

The Wizard of Oz é então uma das maiores e mais apaixonantes realizações de todos os tempos, e mudou décadas na indústria audiovisual. Uma prova disso, é a inovação do sépia/color, onde as primeiras cenas são em tom de sépia, que se tornam coloridas por Techinicolor assim que Dorothy entra no sonho. Essas e outras curiosidades, tornam este filme um grande começo para as estórias de fantasia que encantam e embebedam nosso mundo do cinema.

Juliana Torres

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